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De 5 em 7 dias

by O Martim

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1.
de 5 em 7 dias muda o tamanho dos teus pés no sabado ainda sabia mas é segunda eu já não sei quem és pra ti as vezes a cama é grande e outras vezes nem cabes lá um dia gostas de brincar na cozinha e outro dia é no sofá ó tu que gostas tanto das minhas pestanas porque é que o teu cheiro é tão diferente todas as semanas? escolher o prato errado, no teu nome não acertar mudas de 5 em 7 dias não te zangues se eu me enganar o numero das tuas fobias aumenta de volume em dias eras peixe, tu agora és um cardume eu já perdi a conta a todos os teus perfumes passam os dias e tu não tens os mesmos costumes o numero das tuas fobias aumenta de volume em dias eras peixe, tu agora és um cardume tu não vais voltar de 5 em 7 dias tu vais mudar tu não vais querer ser de 5 em 7 dias vais desaparecer
2.
sabes que não é crime ir para casa antes das 3 não tens que beber os copos todos de uma vez faz o que tens a fazer, faz tu que eu hoje não vou querer hoje eu não nasci só para morrer a desculpa que agora usas é a mesma que usaste da ultima vez aprendes a lição todos os dias, mas dás-te ao erro outra e outra vez faz o que tens a fazer, faz tu que eu hoje não vou querer agora é tudo tão lindo mas quando chegar o amanhecer nem o teu amigo espelho te vai querer ver faz o que quiseres fazer por mim podes fazê-lo até morrer um mês a juntar dinheiro pra dar tudo ao cozinheiro que é teu amigo mas de ti não quer saber
3.
O campeão 04:40
ele quer provar ser o que não é em qualquer batalha ele é o único a sair de pé faz de tudo pra não passar indiferente não interessa o tópico, ele é utópico e melhor que toda a gente dá ar de trabalhador, esconde a verdadeira herança quando fala com as amigas guarda na algibeira a aliança desaperta a gravata que tanto lhe aperta o pescoço e alimenta o fraco ego na casa de banho com o saquinho que traz no bolso tão bom que ele podia ser, mas tudo o que lhe dá prazer é cheirar às escondidas e comer porcas sem a sua mulher ver diz que é um campeão em tudo o que se pode ser mas em casa faz amor com a mão sem a sua mulher ver diz que é um campeão que come a sopa sem colher em casa faz amor com a sua mão sem deixar a mulher ver
4.
interessante é ver, que continuas a acreditar que esse amor de platão, ainda há de vir a mudar dizes-me que não se repete a situação mas quando olho para ti tudo o que eu vejo é um homem a escavar o chão sempre olho para ti tudo o que eu vejo é um homem a escavar o chão se estás farto de ver a artista em cena (estás farto de ver) porque é que insistes em comprar bilhete pro cinema (não te dá prazer) e a dizer-me que não se repete a triste encenação (será que é assim) eu olho para ti tudo o que eu vejo é um homem a escavar o chão (que vais querer morrer) é tão triste ver-te viver feliz na ilusão fez de ti criança e é a mãe quem carece de atenção só tu é que não queres ver, nem tão pouco acreditar que a tua vénus só te quer pra lhe pagares o jantar A tua linda vénus só te quer pra lhe pagares o jantar tu dás-lhe tempo a mais ela não te leva a conhecer os pais para que é que lhe vais passear o cão se ela na rua ela nem sequer te dá a mão já deixaste de ser, tu dizes me que não mas quando olho para ti tudo o que eu vejo é um homem a escavar o chão mas quando olho para ti tudo o que eu vejo é um homem a escavar o chão
5.
de manhã corto o pão, faço as coisas em paz desisti da corrida, deixo-me ficar pra trás trabalho de hora em mão, consultei o preçário escrevi uma canção e apontei no calendário o que eu tinha que fazer para ver isso acontecer deitar cedo e cedo erguer, aprender a envelhecer por o pé na estrada, para ficar a saber que quem só faz o que quer, não é gago para o dizer lá fora bate a chuva, cá dentro bate o pé é cedo pra fazer barulho, cedo pra tomar café só eu sei como é bom passar manhã a carburar quando tu acordares, já eu vou estar a almoçar e o que eu tinha pra fazer, já vai estar pra acontecer vai ser cedo pra dizer, que não é tarde antes de o ser talvez noutro dia, tu vás ficar a saber que quem só faz o que quer, não é gago para o dizer é simples o plano não ir ao engano errar é humano trabalhar todo o ano

about

Verão de 2013.
Desta vez não é o Martim que pega num intrumento de cada vez, e grava tudo sozinho em casa. António Quintino toma conta dos baixos e dos arranjos de sopros, João Pinheiro e David Pires revezam-se na bateria, Iris Sarai trata das teclas, Francisco Sales das guitarras, António Bruheim do saxofone barítono, Diogo Duque do trompete, Mário Conguito Armândio do trombone e porfim Martim das vozes e da produção.
Com o computador e placa de som às costas Martim passeou pela cidade de Lisboa e arredores e foi gravar cada um dos músicos no seu local de trabalho. Já dizia o velho ditado, quando não vai a montanha a Maomé, enche a galinha o papo. 

credits

released June 17, 2013

Baterias gravadas em casa de João Pinheiro e na sala de ensaio do Pires, sopros na ESML e tudo o resto em casa do Martim.
Produzido, misturado e Masterizado por Martim, no seu estúdio.

Capa da autoria do grande mestre e amigo Gonga.

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O Martim Lisboa, Portugal

Pop de rua, gravado em casa.

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